A Petrobras vai investir, em cojunto com as empresas Toyo e TSE, US$ 458 milhões (cerca de R$ 2,354 bilhões) na ampliação da Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, para produzir diesel, cujos preços estão em alta.
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O investimento ocorre em um momento em que a Petrobras negocia com o Cade, que regula a concorrência no Brasil, a ampliação do prazo para vender parte de suas refinarias.
Além disso, as refinarias da Petrobras estão operando a plena capacidade, com índices próximos a 90%. Hoje, o país precisa importar cerca de 30% para poder atender a demanda de diesel.
A Replan é a maior refinaria do Brasil em capacidade de processamento, com carga de 434 mil barris por dia – cerca de um quarto do total produzido, de 1,7 milhão de barris por dia. Além de óleo diesel, a refinaria produz gasolina, querosene de aviação, asfaltos, GLP (gás de botijão) e propeno, dentre outros derivados de petróleo.
Segundo a estatal, será construída uma nova unidade de hidrotratamento de diesel (HDT) na Replan. A entrada em operação da planta está prevista para 2025.
Assim, a Replan será capaz de aumentar a sua produção de diesel S-10 (com baixo teor de enxofre) em 63 mil barris por dia e de querosene de aviação em 12,5 mil por dia. A Petrobras disse que a ampliação visa , “visando “o atendimento das especificações e quantidades demandadas pelo mercado”.
O investimento faz parte, disse a estatal, do plano de negócios, que prevê US$ 6,1 bilhões em refino. Os últimos grandes investimentos no setor feitos pela Petrobras foram em projetos polêmicos como o então Comperj, no Rio, e a Rnest, em Pernambuco.
Em 2014, executivos do grupo Toyo Setal detalharam, em acordo dentro do âmbito da operação Lava-Jato, ao Ministério Público Federal um suposto pagamento de propina a pessoas apontadas como operadoras de partidos políticos dentro da Petrobras e também como funcionaria o cartel criado para as licitações da estatal na época.