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No 3º lugar, Ciro mantém otimismo sobre eleições: ‘pesquisa é retrato’


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Pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes, do PDT
José Cruz/Agência Brasil – 14.08.2018

Pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes, do PDT

Em entrevista à rádio Itatiaia na manhã desta sexta-feira (24), o pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, fez declarações otimistas sobre o cenário eleitoral – mesmo após ter atingido apenas 8% das intenções de voto na última edição da pesquisa Datafolha, divulgada nessa quinta-feira (23).

Na visão de Gomes, os eleitores brasileiros ainda não estão totalmente engajados com a disputa eleitoral. Ele fez uma comparação entre cenário deste ano com o de 2018, quando Romeu Zema (Novo) surpreendeu nas últimas semanas de campanha e venceu a disputa. 

Ciro afirmou que, mesmo que ainda não tenha crescido nas pesquisas de intenção de voto, até outubro terá tempo para colocar um fim no clima de polarização entre petistas e bolsonaristas.

“Pesquisa é retrato e a vida é filme. O povo mineiro dá o testemunho fácil sobre isso. Nessa época nas eleições de 2018, ninguém acreditava que o Bolsonaro venceria a eleição, mas mais surpreendente ainda é que ninguém imaginava que o Zema ganhasse as eleições ou que Dilma ficasse em 4º lugar na disputa pelo senado”, afirmou.

Segundo o Datafolha, o pré-candidato do PDT aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, com 8%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 47%, e, em segundo lugar, aparece o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), com 28%.

“O retrato revela uma polarização, muito calorosa, ideologizada, marcada pelo ódio e paixões. Eu sou o oposto, tenho tentado salvar o Brasil desse ambiente de desagregação nacional, que famílias estão brigando, amizades se desfazendo”, analisou o pré-candidato.

Desavenças com o partido

Recentemente, integrantes do PDT citaram um possível ‘clima de insatisfação’ dentro do partido, por conta de correligionários que estão buscando alianças com o PT nos palanques estaduais.

Ciro Gomes negou que o partido esteja passando por desentendimentos. Ele ainda ressaltou que não pretende deixar a sigla após as eleições.

“Estou muito feliz, nunca fui tão bem tratado e tão apoiado pelo PDT, pelos meus companheiros. Carlos Lupi é um irmão que a vida me deu, faz as negociações do partido. Em Minas Gerais, tenho o amigo Mário Heringer, podemos discutir, discordar, mas dentro de um ambiente de muita fraternidade”, disse.

Os boatos de uma possível briga interna no partido se fortaleceram após Ciro fazer críticas ao pré-candidato do PDT ao governo de Minas, o ex-deputado Miguel Corrêa. “Ele não é do PDT e não será candidato. É inelegível, porque tem ficha suja”, disse Ciro, em entrevista à CNN.

Ciro fazia uma referência à condenação de Corrêa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico na eleição de 2018. O ex-deputado recorre da decisão e mantém a pré-candidatura ao governo de Minas.

A fala do pré-candidato à Presidência causou uma crise no diretório estadual do PDT. O presidente do partido em Minas, deputado Mario Heringer, chegou a afirmar que deixaria o comando da sigla.

A situação, no entanto, foi contornada no início de junho, após uma reunião com as lideranças nacionais do PDT e Heringer continua como presidente em Minas.

Aliança entre Lula e Alckmin repete erro do PT com Michel Temer

Quando perguntado sobre a aliança entre o Lula e Alckmin, antigos rivais políticos, Ciro analisou que a escolha de candidato a vice-presidente que pensa “exatamente o oposto” do petista representa um “grande conchavo para tirar a liberdade do povo escolher” um novo presidente.

Ciro relembrou que o responsável pela mudança na política de preços da Petrobras foi o ex-presidente Temer, escolhido pelo PT para ser vice de ex-presidente Dilma Rousseff.

“O Lula se acerta com Michel Temer, bota ele na vice de Dilma. Uma pessoa completamente diferente. E está fazendo a mesma coisa com Geraldo Alckmin, que pensa exatamente o oposto do que o Lula representa. Num grande conchavo para tirar a liberdade do povo escolher. O resultado prático: Temer toma posse da presidência e muda a política de preços da Petrobras que vigia desde 1954. Passa a cobrar dolarizado da dona de casa de Contagem, de Venda Nova, que ganha em real ou está desempregada e enfrentando dificuldades”, afirmou.

Segundo o pré-candidato, o aumento dos custos dos combustíveis é uma consequência de vários erros de governança na Petrobras.

“A questão dos combustíveis é um exemplo que está todo mundo sofrendo. O que aconteceu com a Petrobras? O Lula e o Fernando Henrique, iguaizinhos, venderam 60% do capital não votante da Petrobras para estrangeiros e banqueiros brasileiros. Os banqueiros fizeram o que sabem fazer, pressionar os poderes políticos por lucro máximo em curto prazo”, disse.

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